segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novo Medal of Honor causa polêmica










Benjamin Bush, oficial da infantaria do exército estadunidense que serviu duas campanhas na Guerra do Iraque, comentou sobre a troca do nome Talibã no multiplayer de Medal of Honor, bem como da representação de um conflito atual nos video games.

Em entrevista ao site NPR, Bush disse que a mudança do nome da facção Talibã sugere a imposição nacionalista no entretenimento e que a representação do conflito pode gerar um processo de banalização da guerra que passa a ser comparada com diversão eletrônica.

“Sabemos que as crianças estão imersas em interatividade digital, e que os soldados de hoje cresceram jogando video games. Os jogos viraram uma nova alfabetização. Jogar e arriscar a sua vida são coisas bem diferentes. Na guerra virtual você até experimenta alguma ansiedade manipulada, mas não há risco.”

“Honestamente não gosto do fato de que Medal of Honor retrate a Guerra do Afeganistão neste momento, porque — mesmo sendo ficção — acaba gerando uma comparando guerra e entretenimento. Mudar o nome do inimigo não muda quem ele realmente é.”

“Além disso, que nação ou exército tem direito de governar a ficção? Proibir a representação de qualquer inimigo é impor um sentimento nacionalista no entretenimento”

“O jogo não pode treinar seus jogadores para serem soldados de primeira linha, da mesma forma que não pode transformá-los em fundamentalistas islâmicos. O jogo não cria heróis nem mártires. O que ele faz é transformar a guerra em cinema interativo.”



Enquanto isso, a desenvolvedora de Medal of Honor — Danger Close — divulgou um comunicado no qual justifica a mudança do nome Talibã no modo multiplayer e pede que as pessoas joguem antes de tirarem qualquer conclusão precipitada.

“As reclamações vieram de uma geração mais antiga, que não compreende os jogos, e que ficou aterrorizada com chamadas do tipo ‘jogue como um Talibã e mate soldados estadunidenses’. Além disso, também temos um grupo que não gostou muito do fato de representarmos um conflito ativo, muito atual”.

“O grande problema era ver Talibãs matando tropas dos Estados Unidos. Então resolvemos mudar o nome para Opfor — termo utilizado pelas forças armadas dos Estados Unidos — em respeito as tropas.”

“Nós sempre trabalhamos com respeito às tropas. Não se trata do Afeganistão. Não se trata do inimigo. É sobre o irmão de armas que está ao seu lado.”

Concurso premiará grupo que criar game em 40 horas

Brasil Game Jam dará um PlayStation 3 para os vencedores.
Competição ocorre em novembro, paralela ao evento Brasil Game Show
Um concurso que será realizado em novembro próximo desafiará dez equipes de desenvolvedores de games a criar um jogo completo em apenas 40 horas. O Brasil Game Jam, edição nacional do desafio Global Game Jam, será realizado por alunos de cursos de universidades de todo o país durante o evento Brasil Game Show, que será realizado no Rio de Janeiro entre os dias 19 e 21 de novembro, e dará um console PlayStation 3 como prêmio.

Cada uma das dez equipes terá três membros que terão que criar um game baseado em um tem que será apresentado na largada da competição. O julgamento do melhor trabalho será feito por um juri composto por diversos representantes da indústria de games, da imprensa especializada e da academia, baseados nos seguintes critérios: grau de inovação do jogo, trabalho em equipe, jogabilidade e acabamento. O jogo vencedor ficará disponível para download no site do evento.

A ferramenta para desenvolver os jogos será o Unity 3D, fornecido pela organização da competição. Os participantes poderão usar qualquer ferramenta de licença gratuita, para modelagem e edição de imagens, sendo eles mesmos, os responsáveis por levarem a instalação. Se alguma equipe usar qualquer ferramenta “pirata” será desclassificada automaticamente.

As inscrições para a competição podem ser feitas até o dia 10 de novembro por meio do site oficial. O evento Brasil Game Show será realizado entre os dias 20 e 21 de novembro no Centro de Convenções SulAmerica, no Rio de Janeiro.